Representantes da Universidade de Brasília e de embaixadas de países latino-americanos estiveram reunidos nesta terça-feira (1º), em frente à Biblioteca Central dos Estudantes (BCE), para a solenidade de inauguração do busto de Rubén Darío. Neste ano, celebra-se o centenário da morte do poeta, jornalista e diplomata nicaraguense, considerado um dos expoentes do modernismo literário na língua espanhola.

A embaixadora da Nicarágua no Brasil, Lorena Martínez, exaltou o legado de Darío, a quem se referiu como “o máximo expoente literário de seu país, mas que transcendeu fronteiras, ao combinar sua vida poética com o jornalismo e a diplomacia”.

Lorena Martínez agradeceu à administração da Universidade, à Assessoria de Assuntos Internacionais (INT/UnB) e à Prefeitura dos campi (PRC/UnB), pelo espaço disponibilizado e pelo apoio na instalação da escultura, que está localizada próximo ao busto de Simón Bolívar.

Professor emérito da UnB e autor do opúsculo “Rubén Darío e o Brasil”, o padre José Carlos Brandi Aleixo ressaltou a complementaridade das carreiras acadêmica, poética e política do homenageado. “Seu trabalho em prol da integração das nações foi de grande importância. Darío tinha o mérito de valorizar aspectos positivos dos países por onde passava”, avaliou. 

Aleixo destacou, ainda, a forte ligação de Rubén Darío com personagens importantes do Brasil, como Joaquim Nabuco e Santos Dumont. “Era um conhecedor da literatura brasileira, e por isso é homenageado em monumentos e praças que reconhecem sua grandeza, em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e, agora, Brasília”, disse.

Ao fim da cerimônia, o reitor Ivan Camargo exaltou a importância do bom relacionamento da UnB com representações diplomáticas, tendo como resultado o avanço da internacionalização e da posição estratégica da Universidade.

Em seu discurso, o reitor deu destaque ao verso de Rubén Darío inscrito no busto: “União, para que cessem as tempestades, para que venha o tempo das verdades”. “É uma frase muito atual para o momento que atravessamos no Brasil”, pontuou.

“O espaço destinado à escultura é simbólico, uma praça de poetas, Praça da América Latina, estrategicamente posicionada ao lado da Biblioteca mais bonita do Brasil, dentro do campus mais bonito do Brasil”, finalizou o reitor.