Prezada comunidade da Universidade de Brasília,

Comemorado neste 28 de junho, o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+ nos convida a refletir sobre as conquistas alcançadas por essa comunidade nos últimos anos, bem como sobre os desafios que ainda enfrentamos na sociedade em busca da igualdade, da equidade, do respeito e do combate à discriminação. É fundamental lembrar que essa parcela da população sofre com as mais diversas dimensões da homofobia, e que temos a responsabilidade de garantir um ambiente inclusivo e acolhedor para todos.

Na Universidade de Brasília, temos dedicado esforços contínuos para promover os direitos das pessoas LGBTQIAP+ e criar um ambiente livre de preconceitos e seguro para todos os membros da comunidade universitária. Desde 2013, contamos com a Coordenação LGBTQIA+, responsável pela promoção dos direitos dessa comunidade no âmbito da universidade. A coordenação tem desempenhado um papel fundamental na implementação de medidas importantes.

A partir de 2017, a UnB garante o uso do nome social, conforme estabelecido por Resolução do Conselho de Administração (CAD), assegurando esse direito a servidores, estudantes e demais membros da comunidade universitária cujo nome de registro civil não reflita sua identidade de gênero. Essa conquista é um passo significativo para o reconhecimento e respeito à diversidade de gênero em nossa instituição.

Outra medida importante foi a criação do Programa de Atenção à Diversidade (PADiv) em 2020, que tem como objetivo possibilitar a permanência e a diplomação de estudantes de graduação da UnB que pertençam a segmentos socialmente vulneráveis, incluindo aqueles com especificidades de gênero. A iniciativa oferece auxílio financeiro emergencial, criado para atender às demandas da comunidade LGBTQIAP+ na UnB, que muitas vezes enfrenta violências e violações de direitos.

Além disso, a UnB tem implementado cotas para pessoas trans em programas de pós-graduação. Essas cotas já estão presentes nas faculdades de Direito (FD) e Comunicação (FAC), na Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão Pública (Face) e nos institutos de Artes (IdA) e Psicologia (IP). Essa iniciativa visa ampliar a representatividade e o acesso de pessoas trans aos espaços acadêmicos, promovendo a diversidade e a igualdade de oportunidades.

Em 2021, a UnB aprovou Resolução que reserva vagas de estágio, já em plena execução, para travestis e transsexuais. No mesmo ano, a Coordenação LGBTQIA+ realizou a Conferência LGBTQIAP+ da UnB, que contou com a participação ativa da comunidade universitária. O evento resultou em um compilado de demandas apontadas pelos participantes, o que nos permite direcionar esforços para atender às necessidades específicas dessa comunidade e promover uma instituição cada vez mais inclusiva.

A Universidade também tem promovido atividades com base no calendário de lutas do movimento, como a Parada do Orgulho LGBTQIA+ da UnB, na 7ª edição este ano, a ser realizada em 4 de julho. A iniciativa fomenta a visibilidade de múltiplas existências para além da heterocisnormatividade, promovendo a conscientização e o respeito à diversidade. Ainda, a coordenação trabalha no processo formativo de servidores e equipes terceirizadas, visando um atendimento respeitoso e sensível à diversidade.

Embora tenhamos avanços significativos, reconhecemos que ainda há muito a ser feito. A luta pela igualdade e pelo respeito continua, e a Universidade de Brasília está comprometida em ser um espaço onde todos os membros da comunidade possam se sentir seguros, incluídos e valorizados, independentemente de orientação sexual, identidade ou expressão de gênero.

Reafirmamos nosso compromisso em apoiar e fortalecer as ações e políticas voltadas para a comunidade LGBTQIAP+. Estamos abertos ao diálogo e prontos para construir de forma coletiva as soluções para os inúmeros desafios ainda existentes.. Juntos, fazendo o futuro agora, podemos ter uma universidade cada vez mais inclusiva, diversa e igualitária, segura e democrática.

Márcia Abrahão

Reitora

 

Enrique Huelva

Vice-reitor