Finalizamos mais um semestre letivo, o último que precisávamos para acertar o nosso calendário acadêmico, alterado devido à pandemia de covid-19. Nossa prioridade tem sido salvar vidas. Dentro e fora dos nossos quatro campi, foi um período atípico e intenso. Entretanto, são muito gratificantes os resultados da nossa resiliência e da nossa busca constante pela excelência em fazer ensino, pesquisa e extensão, voltados para o desenvolvimento do país e com compromisso social.
De outubro pra cá, sofremos mais bloqueios no nosso orçamento, prejudiciais ao andamento do semestre, mas nunca suficientes para nos fazer parar. Por meio de um esforço conjunto entre as universidades federais – tão atacadas pelo último governo –, conseguimos reverter e retomar os recursos retirados em dezembro. Ainda tivemos, lamentavelmente, corte de 7,2% no nosso orçamento de 2022. Afetando drasticamente o ensino, a pesquisa e a extensão, o montante representa R$ 18,1 milhões para a UnB — o que equivale a um mês sem dinheiro para pagar as contas. Para as universidades federais, o rombo foi de R$ 438 milhões.
Prosseguimos, porque somos uma universidade de luta – inclusiva, diversa e democrática. Por isso, a UnB manifestou seu profundo repúdio aos atos terroristas que destruíram parte do patrimônio público e histórico brasileiro em 8/1/23, em uma tentativa de golpe. Imediatamente, também nos colocamos à disposição do Estado para contribuir na recuperação dos alvos dos ataques.
Nesse momento delicado da democracia brasileira, agradecemos o esforço, o empenho e o compromisso de cada um dos estudantes, docentes e técnicos em fazer nossa Universidade de Brasília cada vez mais relevante no cenário nacional, além de reconhecida internacionalmente em rankings de alta relevância.
Podemos, agora, seguir mais tranquilos e mais próximos uns dos outros. Espero que o recesso acadêmico entre semestres ofereça descanso e momentos prazerosos. Começamos o período em meio à folia de um carnaval esperado há dois anos. A alegria voltou às ruas com responsabilidade, tomando os necessários cuidados sanitários e respeitando os limites das leis e dos afetos.
Temos um novo governo, que reconhece nosso papel como instituição atuante e necessária para o Brasil. A educação pública volta a ser uma das prioridades para a pavimentação do caminho para chegarmos a uma sociedade menos desigual.
Nossa perspectiva é de um futuro de desenvolvimento e equidade, respeito e harmonia. Mais do que nunca, devemos pensar e agir para criar o país que queremos, sem intolerância, sem devastação do meio ambiente, sem boicotes à educação pública e à ciência, em que os direitos humanos se tornem, de fato, um dos pilares de nossa sociedade.
O semestre que começa no dia 28 de março guarda muitos desafios. Nossa missão de fazer ensino, pesquisa e extensão de qualidade pede que a Universidade se mantenha sempre em compasso com as transformações no mundo. O compromisso com o avanço contínuo é o que motiva nosso trabalho. A excelência, uma meta diária.
Temos muito orgulho das nossas realizações neste semestre e boas expectativas para o próximo. Que retornemos com garra e esperança, em segurança e bem-estar, fazendo agora o futuro de paz e harmonia que sempre desejamos. Futuro é agora!
Um forte abraço,
Márcia Abrahão
Reitora
Enrique Huelva
Vice-Reitor
